Eu sou o diálogo que não acontece
Eu sou o vazio do não enfrentamento
Eu sou o silêncio
Eu sou o silêncio das almas inquietas
Eu sou o grito abafado do incômodo
Eu sou a inconveniência
Eu sou o verme da estabilidade, o prego solto da fechadura
Eu sou o terremoto, o redemoinho e todos os ventos
contrários
Eu sou a problemática, o outro ponto de vista, a pedra no
sapato do senhor
Eu sou o nada que só existe porque incomoda
E incomoda porque mexe nas certezas
Eu sou a incerteza, o efêmero, o passageiro
Eu não sou daqui e nem dali, fico enquanto couber a minha
não liberdade.
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